Oh, minha fiel companheira e minha ternura,
mulher, esposa, musa, amante e doce mãe,
para onde eu vá, sempre levo tua candura,
terno carinho, como não vi em mais ninguém.
E todos os momentos que passamos sozinhos,
compenetrados um no outro, lauda atenção,
é como se fossemos aqueles bons vizinhos,
trocando confidências, coisas vindas do coração.
E no vaso que pusemos à janela, viça grata flor,
como que agradecendo os mil cuidados tidos;
ela, e mais ninguém, sabe bem, de nosso amor.
Somo assim como um jardim, repleto de cores;
joaninhas e passarinhos, deixam nos ouvidos
a natureza, misturando-se com nossos clamores.
Jorge Humberto