De lufada em lufada,
O vento sopra melancolia
Numa tarde imprevisível.
Seguram-se as pupilas para
Não romper-se ao sopro.
O quarto se dilata na ventania.
Dilacerada a atmosfera grita,
Ao incompreensível soprado
Que açoita a pele e a medula.
A memória segue na fotografia,
Enquanto isso, o cavalo alazão
Irrompe em delírios mil a razão,
Atenuando o cavalgar da lembrança.
Véra Lúcia de Campos Maggioni®