Ó Coração, no entanto, choras em lágrimas
Em vão por procurar amar demais.
Sonhais dormente com manhãs cálidas
Porque no ínfimo se encontra perdido
No âmago deste infortunado bardo.
Cujas noites deleitosas sonha acordado.
Alma solitária e vazia de um desiludido.
Ao teu abraço sombrio em ruínas
De si próprio, o amor... inverno designado!
Meus cálidos sonhares, cinzas cortiças
De um amanhã escuro. Ó Coração,
Dê ao mancebo desamado descanso,
Ele que está a delirar os sonhos em paixão
E que traz junto à imagem de si, tristeza e penúria
Ó Coração, no entanto, zele e reserve
Sua essência e deixai-a livre da fúria
Deste Mundo tão sórdido que está
Sendo esquecido e tão frio que causa abandono.
Davys Rodrigues de Sousa