Houveram dias em que sobrevivi
do alimento das lembraças e dos sonhos
Embalavam meus dias em que, de tristeza, morri
na desesperança de encontrar em ti,
meu amor estranho
Lembranças puerís de nossa pós-infância
quando, incansáveis,
renovavámos nossa alegria, dançando
O sentimento, que então surgia,
era a nossa esperança
de vivermos aquele amor ao som de embalos , simplemente amando...
Os beijos trocados e roubados foram guardados
Naquele cantinho onde permanecem os sonhos
Por teu perfume, permanecem intáctos
Sinto teu beijo até hoje ...
é o néctar de meu viver risonho
Reencontro inesperado, quem diria?
após viver uma vida à tua procura
Deparo com teu vulto amado, na poesia
Amado sempre foi e assim será
O que dizer dessa loucura?
Maria Luiza Bonini