Sua rama: seu caule articulado
verde musgo, a sua cor...
a raiz como cigana
por todo um ano, andou,
procurando por este tempo,
que maio veio e beijou!...
Meigo sorriso!
Daqueles botões branquinhos,
abrem-se pétalas,
múltiplas asas ...
Fadas...
sutis... e leves... e breves...
ninfas vestindo cetim,
arrepiado zefir,
conta segredo em tom rosa:
-Onde você foi buscar, uma cor tão linda assim?
Estames.. celhas... dádivas de pólen,
ofertas de germinar em seus bojos!...
Seu destino pistilar,
suspenso em lindas hastes estojos!...
Me encanto o pensar
que a Onipresença Divina,
caiba dentro de cada uma
e de todas essas pequenas florinhas
que pendem, lindas, do pé!
Assim como,
em cada uma de nossas preces,
cabe toda a nossa fé!
Eme Paiva