Era uma noite longa, escura e fria
desde muitos anos que não existia a luz do dia.
Nem a lua, nem as estrelas queriam estar ali.
Era um vale deserto e triste.
Nem os pássaros queriam cantar ali.
Somente havia escuridão e trevas.
Naquele lugar uma rosa murchava e estava morrendo.
Subitamente brota do nada, um cravo.
Suas pétalas tinham luz.
Tinha tanta energia que foi suficiente
para iluminar o vazio e a solidão do lugar.
E a rosa que não estava acostumada com as cores alegres,
assustou-se e ficou ainda mais murcha.
Então o cravo diminuiu a intensidade da luz
para que a rosa se acostumasse com ele,
mas a rosa sentia muito medo do cravo e fugia dele.
E o cravo não sabia mais o que fazer !
O cravo plantou grama em todo o vale,
chegaram os pássaros, o sol também veio.
E a rosa nada se alegrava.
O cravo temia que a rosa morresse,
e ele ficasse sozinho no vale.
Então o cravo a abraçou e a beijou.
E o amor e o carinho foram tão grandes
que as pétalas da rosa se abriram, ressuscitando sua alma.
A rosa segurou as mãos do cravo
e não quis mais soltá-las.
Surgiu no céu um eterno arco-íris
anunciando assim, a felicidade dos dois !
Rosimeire Leal da Motta