Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

19
Mai 08

Você já observou uma borboleta pousada sobre uma folha nova, especialmente escolhida por ela, uma que não caia antes da saída das lagartinhas do ovo, dobrar o abdome até sentir a face inferior da folha e ali colocar o ovo?

            Por essas maravilhas da natureza, que somente a providência divina explica, cada espécie de borboleta sabe exatamente qual o tipo de planta que deve escolher para colocar o ovo que, graças a uma substância viscosa de secagem rápida, fixa-se imediatamente.

            As borboletas são muito admiradas pela leveza de seus vôos e a beleza do colorido de suas asas.

            Elas procuram, nas flores, na areia úmida ou em frutos fermentados, o seu alimento, sendo que as flores são muito freqüentadas pelas borboletas fêmeas, enquanto os machos preferem as areias úmidas.

            Algumas espécies existem que têm a capacidade de permanecerem imóveis por tempo considerável, enquanto outras fazem vôos curtos, por vezes muito rápidos, indo de uma flor a outra.

            Elas buscam a pradaria, as ramadas das árvores, beijam as folhas farfalhantes e driblam o vento apressado.

            Bailam em meio às gotículas que se desprendem das quedas d'agua ou como pétalas voejam, balançando no espaço.

            Seu matiz é mensagem de alegria. A sua liberdade é um convite à paz.

            No entanto, dias antes de mostrarem-se tão belas não passavam de larvas rastejantes no solo úmido ou escondidas na casca apodrecida de algum tronco relegado.

            Lagartas, jamais sonhariam com os beijos do sol ou com o néctar das flores. Mas, passam as semanas e após a fase de crisálida, ei-las que surgem maravilhosas, coloridas, exuberantes, plenas de vida.

            À semelhança da lagarta, vivemos no terreno das experiências humanas.

            Afinal, chega um dia em que somos convidados a adormecer na carne para despertar na espiritualidade, planando acima das dificuldades que nos afligiam.

            É a morte que nos alcança e nos ensina que a vida não se resume num punhado de matéria que entrará em decomposição. Também não é simplesmente um amontoado de episódios marcantes ou insignificantes, promotores de esparsos sorrisos e rios de pranto.

            A vida é a do espírito, que vive para além da aduana do túmulo, tendo como destino a vida na amplidão.

            Por isso, quando formos constrangidos a acompanhar, com lágrimas, aquele afeto que se despede das lutas do mundo, rumando para a espiritualidade, não lastimemos, nem nos desesperemos.

            Mesmo com dores n'alma, despeçamo-nos do coração querido com um suave "até logo" porque exatamente como as borboletas, ele alcançou a liberdade, enfim.

            Você sabia?

            Você sabia que ao morrer o corpo, o espírito que dele se utilizava como de um veículo, se liberta?

            Ninguém se aniquila na morte. Muda-se, simplesmente, de estado vibratório, sem que se opere uma mudança nos sentimentos, paixões e anseios, naquele que é considerado morto.


 

publicado por SISTER às 08:55

Maio 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9





Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO