Os tempos se vão,
ficam marcas, não somente na tez
mas, talvez na alma,
refletidas na tristeza dos olhares...
O amor, embora perdure para sempre,
aos poucos passa a ocultar-se nas raízes...
Os olhares refletem o peso da experiência,
não se influenciam com falácias...
Os sorrisos, quase sempre tristes,
mesmo assim revelam o espiritual.
Essas distorções com o usual
significam a capacidade de assimilar
a perversa realidade do encontro
dos opostos...
É o tempo passado, machucado,
e o hoje aventureiro
a olhar o passado com desdém
e isso faz sofrer o passado...
No sim ou no não,
há um hiato entre as fases do tempos
consequência da discriminação.
Os tempos passam...
O passado preocupado, abatido,
sente aproximar-se,
numa crescente velocidade,
o momento do abordo do caos...
É aí que se pode medir o quão é cruel
a verdade!
Tarcísio Ribeiro Costa