Meu balão é de nuvens construído,
nele deslizo pelo azul espaço,
e no vento minhas manobras faço,
de paixão o meu peito imbuído.
Eu navego a procurar tua face,
impressa nas fímbrias do firmamento,
não temo a chuva e a força dos ventos,
nem a tormenta que por mim já passe.
Sobrevoo as montanhas e mar,
sou viajante buscando meu ninho,
entre as nuvens sempre a voar
Sou a migraçaõ de um passarinho,
à espera da hora de cantar,
na primavera desses teus carinhos.
Jorge Linhaça