Se escrevo não tenho pudor nem calo
o mal que grassa no mundo, aqui e ali
E eis que, não cinjo único tema, e falo
de tudo que a meu ver, devo-o a mim
Porque, me preocupo, vergo e entalo
a cruel palavra refastelada co dó de si
E tudo isso, faz-me parecer um cavalo
que, tresloucado, sossegasse, por fim
Porém esta é uma luta sem omissões
que, bem sei, a poucos traz interesse
acostumadas pessoas, sem ambições
Mas não podemos virar a cara e dizer
tudo está bem, eis, que, me pertence
a vida, aos outros, não meu, seu viver
Jorge Humberto