Enquanto a luz bruxuleia no candeeiro,
e a vela ainda queima teimosamente,
é hora de fazer , na alma e na mente,
o expurgo do que não seja verdadeiro.
Examinar os fatos, com límpidas lentes,
fugir aos rolos de escuridão do fumeiro,
analizar os fatos , desde o primeiro,
guardar no coração só as boas sementes
Fugir das teias e das bolas de neve,
que nos prendem e levam pela ribanceira,
tornar à alma e ao espírito leves,
Apagar o foco da vaidade que s'ateia,
romper as correntes com quem a nada deves,
manter as amizades, puras, verdadeiras.
Jorge Linhaça