ponho a calça jeans de ontem
visto a primeira camisa na gaveta
calço o sapato sem meia
a porta resmunga
saio na rotina da manhã
palavras esperam
esperam ilusões que secam
secam cadáveres insepultos
no solo frutos apodrecem
sob o olhar de flores coloridas
intenção também condena
condena o ato de pensar
pensar um breve suspiro
ponho as pernas para andar
as fogueiras queimam
amar simplesmente amar
cada dia que vivo
vivo uma fração no sonho
de um menino perdido
na terra do nunca
pessoas demonstram paixão
no fazer da arte
outras com o trabalho
lacunas na vida
que se abrem para a eternidade
Carlos Assis
visto a primeira camisa na gaveta
calço o sapato sem meia
a porta resmunga
saio na rotina da manhã
palavras esperam
esperam ilusões que secam
secam cadáveres insepultos
no solo frutos apodrecem
sob o olhar de flores coloridas
intenção também condena
condena o ato de pensar
pensar um breve suspiro
ponho as pernas para andar
as fogueiras queimam
amar simplesmente amar
cada dia que vivo
vivo uma fração no sonho
de um menino perdido
na terra do nunca
pessoas demonstram paixão
no fazer da arte
outras com o trabalho
lacunas na vida
que se abrem para a eternidade
Carlos Assis