fale o que quiser
mas olhe nos meus olhos
sorria quanto puder
porém não solte minha mão
a dor de viver perigosamente
é o meu uniforme de soldado
a guerra amarra o meu sapato
faz do medo uma oração
onde vou depois não desconfio
deixe a linha nadar no vazio
a escuridão traz ondas de paz
o holandes voador numa nuvem
a rima é uma faca afiada
corta veias e nervos
canção do oceano dentro da concha
desencontro no mar dos sargaços
sempre sou o certo
sei que sou
sou o certo sempre
caçoa o verso
castelo no fim do mundo
firme numa ponta de lança
os olhos do falcão
penhasco fendido em muitos
todos os dias são longos dias
lágrimas que sonham
com bombons de chocolate
e uma gota de mel
seus lábios sobre os meus
corpo deslizando no ar
a leveza mágica da poesia
o gosto do suor da mulher
não tente acusar o nada
o quarto cheira passado
frasco perfume aberto
incensos de hortelã
o coração cantarola
tambor do futuro toca
dança em passos lentos
assoalho encerado
assunto encerrado
nada mais há a lamentar
não entendeu o que faço
então tatue o meu nome no braço
sempre sou o certo
sei que sou
sou o certo sempre
caçoa o verso
Carlos Assis
mas olhe nos meus olhos
sorria quanto puder
porém não solte minha mão
a dor de viver perigosamente
é o meu uniforme de soldado
a guerra amarra o meu sapato
faz do medo uma oração
onde vou depois não desconfio
deixe a linha nadar no vazio
a escuridão traz ondas de paz
o holandes voador numa nuvem
a rima é uma faca afiada
corta veias e nervos
canção do oceano dentro da concha
desencontro no mar dos sargaços
sempre sou o certo
sei que sou
sou o certo sempre
caçoa o verso
castelo no fim do mundo
firme numa ponta de lança
os olhos do falcão
penhasco fendido em muitos
todos os dias são longos dias
lágrimas que sonham
com bombons de chocolate
e uma gota de mel
seus lábios sobre os meus
corpo deslizando no ar
a leveza mágica da poesia
o gosto do suor da mulher
não tente acusar o nada
o quarto cheira passado
frasco perfume aberto
incensos de hortelã
o coração cantarola
tambor do futuro toca
dança em passos lentos
assoalho encerado
assunto encerrado
nada mais há a lamentar
não entendeu o que faço
então tatue o meu nome no braço
sempre sou o certo
sei que sou
sou o certo sempre
caçoa o verso
Carlos Assis