Fecho os meus ouvidos à razão,
nada ouço, nada vejo, esqueço,
adormeço em teus braços, amanheço,
sentindo no ar, o olor da paixão.
As marcas que trago no peito:
cicatrizes de mágoas passadas,
algumas abertas, outras fechadas,
me fazem ser, assim, imperfeito.
Quem sabe, se um dia qualquer,
( Deus escreve certo por linhas tortas)
eu ouça os teus passos e abra a porta,
e sejamos enfim, homem e mulher.
Mas, se o céu, enovado, espreita,
pelas frinchas apertadas do galpão,
e se amar, ou não amar, é a questão,
podem as almas ficar satisfeitas?
Ah! será o amor , eternidade?
Ou será efêmero, transitório?
Tornar-se -hão as bodas em velório?
Quem pode saber qual é a verdade?
E nessas dúvidas que trago em mim,
espinhos na alma, das desilusões,
as perguntas parecem não ter fim.
e assolado sou, pelas tentações.
Jorge Linhaça
nada ouço, nada vejo, esqueço,
adormeço em teus braços, amanheço,
sentindo no ar, o olor da paixão.
As marcas que trago no peito:
cicatrizes de mágoas passadas,
algumas abertas, outras fechadas,
me fazem ser, assim, imperfeito.
Quem sabe, se um dia qualquer,
( Deus escreve certo por linhas tortas)
eu ouça os teus passos e abra a porta,
e sejamos enfim, homem e mulher.
Mas, se o céu, enovado, espreita,
pelas frinchas apertadas do galpão,
e se amar, ou não amar, é a questão,
podem as almas ficar satisfeitas?
Ah! será o amor , eternidade?
Ou será efêmero, transitório?
Tornar-se -hão as bodas em velório?
Quem pode saber qual é a verdade?
E nessas dúvidas que trago em mim,
espinhos na alma, das desilusões,
as perguntas parecem não ter fim.
e assolado sou, pelas tentações.
Jorge Linhaça