Entre a fumaça e a fuligem,
os pulmões em sofrimento.
A pobreza, do mal a origem.
Trabalha o menino sem alento,
vias respiratórias bloqueadas,
perpetuando o seu esquecimento.
A escola, perdida na estrada,
é uma miragem inatingível,
Trabalha muito! Ganhar? Quase nada!
Infância perdida, parece impossível,
mudar sua sina, criança esquecida,
rosto anônimo, tornado invisível.
Mudam governos: Promessa esquecida!
Projetos em papéis, amarelados,
Tangível só o seu modo de vida.
Purgando, dos outros, os pecados.
Ah, menino, da infância proibida,
quando findará esse teu fado?
Será a tua liberdade devolvida?
Jorge Linhaça
os pulmões em sofrimento.
A pobreza, do mal a origem.
Trabalha o menino sem alento,
vias respiratórias bloqueadas,
perpetuando o seu esquecimento.
A escola, perdida na estrada,
é uma miragem inatingível,
Trabalha muito! Ganhar? Quase nada!
Infância perdida, parece impossível,
mudar sua sina, criança esquecida,
rosto anônimo, tornado invisível.
Mudam governos: Promessa esquecida!
Projetos em papéis, amarelados,
Tangível só o seu modo de vida.
Purgando, dos outros, os pecados.
Ah, menino, da infância proibida,
quando findará esse teu fado?
Será a tua liberdade devolvida?
Jorge Linhaça