A torre do tempo
Fez os ventos subirem
As escadas dos mortos
E o que era súblime sucumbiu
No estofo dos abutres
Casual ou meio esperado
Inoportuno ou franco-atirado
O denodo se expõe
Contos de fadas e gênios
Coágulo pseudo-literário
Luta desesperada contra ogros
Carníficina de falsas virgens
E de vândalos bêbados de ódio
Rituais em rios de marfim
Piscinas de gel sólido
Ouçam o apito agudíssimo do mal
Trem bala em disparada
Cortando o flanco da montanha
Rachando a fé como uma lãmina
Rocha rolando ribanceiras
Supreendi vampiros centenários
Nos corações vazios
Cravei a estaca da poesia
Rachei peitos putrefatos
Cheios de líquens e trufas
O orgânico e inorgânico sentir
Encosta a face de sombra
Na relva dos campos medonhos
Pálido sangue da manhã
Onde até o sono desanda
Prezados senhores do porvir
Reinos incertos do amanhã
Malvistos profetas charlatões
Levantem a taça de madeira
Demos glória ao descrédito e o esquecimento !
Carlos Assis
Fez os ventos subirem
As escadas dos mortos
E o que era súblime sucumbiu
No estofo dos abutres
Casual ou meio esperado
Inoportuno ou franco-atirado
O denodo se expõe
Contos de fadas e gênios
Coágulo pseudo-literário
Luta desesperada contra ogros
Carníficina de falsas virgens
E de vândalos bêbados de ódio
Rituais em rios de marfim
Piscinas de gel sólido
Ouçam o apito agudíssimo do mal
Trem bala em disparada
Cortando o flanco da montanha
Rachando a fé como uma lãmina
Rocha rolando ribanceiras
Supreendi vampiros centenários
Nos corações vazios
Cravei a estaca da poesia
Rachei peitos putrefatos
Cheios de líquens e trufas
O orgânico e inorgânico sentir
Encosta a face de sombra
Na relva dos campos medonhos
Pálido sangue da manhã
Onde até o sono desanda
Prezados senhores do porvir
Reinos incertos do amanhã
Malvistos profetas charlatões
Levantem a taça de madeira
Demos glória ao descrédito e o esquecimento !
Carlos Assis