Meu amor, continue falando,
Quero caminhar pela tua voz.
Que importam as idéias agora?
Talvez mais tarde, com o peito menos agitado, eu tente recordar tuas palavras, idéias; tua surpresa?
Não, minha surpresa.
Pois minha intuição me conta do teu desassossego, ou seria medo?
Desse novo que tanto te mostro... Ah! meu amor, tudo prá mim é também tão novo, me sinto como a flor, a balançar, pelo vento, que é de primavera, sim mas também tão repentino e que vem me varrer a alma. Meu amor, ponha-se bem ao meu lado, para eu poder me jogar, sem medo, nos teus braços... Deixa que eu fique, de levinho, no teu peito, e que eu procure, de pertinho, nos teus olhos, aquela certeza que já carrego nos meus. Divida comigo o calor dos teus braços e quem sabe, a beleza desse momento, de onde só quero o silêncio, morno, a me embalar, em você, sem pensar.
Cissa de Oliveira