Senhor,
Olhai pelo meu amigo!
Que as pedras sejam removidas do seu caminho,
Que tenha forças para carregar seus fardos,
Que encontre coragem para resistir ao mal.
Que possa ver o amor em todos os seres,
Que seja abraçado pela lealdade,
Que encontre conforto e saúde se estiver doente,
Que seja próspero e saiba partilhar.
Que tenha paz cobrindo seu espírito,
Que sua mente obtenha os conhecimentos,
Que use sabedoria para aplicá-los,
Que saiba distinguir o bem do mal,
Que tenha fé para manter-se forte na dor.
Senhor,
Olhai pelo meu amigo!
Protegei cada passo que ele der,
Que a cada novo dia ele aceite o novo,
Que saiba alegremente comunicar novidade.
Que Vos sinta em todos os momentos
E que tenha o Vosso colo por toda a Eternidade.
Amém.
Queria falar da saudade
de um rosto que nunca toquei,
de mãos que não acariciei
e braços que jamais me enlaçaram,
da boca que não beijei
e, do corpo, que nunca foi meu...
De risos contagiantes
que levariam para bem distante,
o silêncio dos meus dias insólitos.
Queria despir meu pudor
no suave compasso da paixão,
tendo como som
a sinfonia da vida,
embalando com emoção
silhuetas que vêm e vão,
num ritmo cadenciado
e apaixonado.
Queria doar meu coração
e o cadeado que o manteve
do mundo isolado.
Libertar a alma ilhada
para que alcance a liberdade,
longe desta cruel realidade.
Queria dizer dos sonhos fracassados,
dos sentimentos atordoados
ao perceber, decepcionada,
que você é um devaneio ,
um amor que nunca existiu
fruto da minha imaginação,
para fugir da solidão.
Anna Peralva
Ah, essa loucura que é amar!
Desejar teus braços
Teus beijos, teus abraços...
E nada ter, apenas imaginar!
São assim os meus sonhos! Ao sonhar
Sinto que afloram mil devaneios
Surgiu como um clarão Um raio me cortando a escuridão E veio me puxando pela mão Por onde não imaginei seguir Me fez sentir tão bem, como ninguém E eu fui me enganando sem sentir E fui abrindo portas sem sair Sonhando às cegas, sem dormir Não sei quem é você O amor em seu carvão Foi me queimando em brasa no colchão E me partiu em tantas pelo chão Me colocou diante de um leão O amor me consumiu, depois sumiu E eu até perguntei, mas ninguém viu E fui fechando o rosto sem sentir E mesmo atenta, sem me distrair Não sei quem é você No espelho da ilusão Se retocou pra outra traição Tentou abrir as flores do perdão Mas bati minha raiva no portão E não mais me procure sem razão Me deixe aqui e solta a minha mão E fui flechando o tempo, sem chover Fui fechando os meus olhos, pra esquecer Quem é você?
Ana Carolina
Nem asas tenho para voar, e a ti chegar
Não aprendi a viver sem os teus carinhos
Até mesmo, sem a tua censura, indicando
O rumo certo das atitudes a seguir no...
Meu dia-a-dia, por vezes tumultuado
Sonhar, ficou na saudade, onde guardo
O nosso viver anulado, em segundos...
Muitas perguntas ao vento, sem respostas
chego a pensar que o mundo acabou e...
Eu permaneci, num jardim sem cor...
Varias vezes, preciso me tocar para sentir
que estou viva... Sigo a flutuar, neste
Deitou-me com suavidade de deusa
Teus lábios encontrando os meus
Provamos o doce e mágico licor do mago
Embriagados, entramos na dança do amor.
Dança de sanha, de manha!
Provocas-me devagar
Na ansiedade do prazer maior
Insinuo-me com meu corpo, deixo-o louco!
Uma dança quente! Um jogo de sedução!
Um imenso tesão!
Alucinada, vejo-me às luxúrias do prazer
Teu corpo! Tua boca! Tuas mãos!
Desfaleço! Entrego-me a explosão do gozo
Eternizando-o em meus poros, num só corpo.
LULICOUTINHO