Minha poesia é melhor do que eu...
não tem preconceitos.
Habita guardanapos
em mesa de bares....
Até na areia da praia,
enquanto as ondas não vem
Satisfaz-se com ser poesia,
além do bom e do mau,
sonhando com o seu bem...!
Não por presunção
que tal vício não a possui
mas porque não pretende nada
apenas se basta....
Ahh...e é pura emoção...!
Machucou-me tua ausência!
Quase a chuva apagou-o e fiquei só
O silêncio, o breu da noite,
O barulho da chuva no telhado.
Um vôo de trovão iluminado
O gosto do meu sonho sem o teu
Caminhos idos, perdidos,
Sem por nós percorridos.
Tudo transparente, sem cor
Como a casa sem janelas
Sem varanda, no silêncio
Sem a música dedilhada.
Sem as flores nos cabelos,
Ficou o vazio, faltou poesia!
Orquestra sem maestria
A cama sem coberta, fria!
Ficou a dúvida, o medo,
A insegurança, incerteza
Eu e você não somos um?
Para ti me ofereço toda noite,
quando conheces cada poro de minha pele
e onde bebes dos meus labios docemente.
Esqueças tuas tramas nos meus braços,
encontres o amor nos olhos meus
e que teu nome seja o eco dos meus versos.
Juntas teus sonhos aos simples sonhos meus,
liberta-te dos laços de outros tempos
para que fiques em mim intensamente.
Que teu olhar penetre meus segredos
e leias nos meus olhos que te amo,
para que eu fique em ti eternamente.
Ceres Marylise
Recolho-me no divã de seu coração,
aconchego-me aos seus carinhos,
descerro a neblina da incerteza,
instalo-me em cada partícula de você!
Na ternura de seu olhar,
encontro a certeza de seu amor.
Na expessão carinhosa de seu sorriso,
sinto que cheguei ao tão sonhado
caminho do verdadeiro amor.
O receio de abrir o meu coração, findou!
Voltei a acreditar que o amor existe!
Dentro de mim, recebo,
a sensação gostosa de sentir-me amada,
em confiança de um amor sereno,
em braços seguros,
na cumplicidade e na simplicidade
de uma vida a dois.
Espcialmente para você,
entrego-lhe:
os meus sonhos, os meus carinhos,
os meus desejos, o meu coração,
a minha vida e o meu amor.
Olhosde£in¢e
A cabeça que quiseste... será que a tiveste?
Tu, enamorada apenas de ti; só contigo o teu desvelo...
Não raciocinaste, apenas em ti pensaste,
como se só a ti tivesses que tratar com zelo...
Na história ficas... Ela aponta a tua desdita...
Não se pode tripudiar impunemente...
Além da tua ousadia infinita,
nada mais em ti a registrar sobejamente...
Quiseste uma cabeça na bandeja e... acabado!
Tu, apenas uma fêmea cobiçada...
Vaidosa, um capricho teu realizado...
Quiseste a cabeça... Mas não foste amada...
Porque Amar não é ceifar, não é exigir...
Amar não é determinar, não é ofender...
E aquele que finge amar... sem transigir,
acolhe dor no peito, esta a pior parte do seu ser...
Tiveste uma cabeça na bandeja, e o que mais?
Acaso pensaste que assim calarias a razão?
A tua sanha de vingança, loucura voraz,
não te concede mais do que um mísero perdão...
Pensas que podes tudo, mas podes... nada!
Tua pobreza é imensa, mas tu não o sabes...
Iludes-te, criatura amarga, mulher despojada
de tudo de bom que ao teu ser não trazes...
O que pretendeste, mulher perdida no vazio?
Degolar a voz, cortando uma garganta?
Tão perdida estavas, tua vida... podre fio...
Não vês que muito do que foi dito já imanta?
Pobre Salomé, o que tu tens a nos dar
além da tua vã e tosca insensibilidade?
Acaso pensas que a todos podes imputar
teus tentáculos macabros, tua falta de verdade?
E o homem que levou a ti de João Baptista a cabeça,
que fez manchar o ar do sangue profético e puro...
Pobre vassalo, tão pobre quanto tu ele o é... Obedeça
a ordem tão tresloucada, homem obscuro!
Ah, Salomé, tentas encantar por meios escusos...
O silêncio da noite te trará arrepios
e a tua lida, as tuas atitudes e os teus usos
te levarão a sentir no coração dores e frios...
Foste e és má, nada tens de bom a nos mostrar...
Tua verve doente, perdida, te defende como arma...
Ao te veres vencida, só te restou a lâmina desembainhar...
... para decapitar e podar a voz, ato feio que tu encarnas...
Fica, Salomé, com tuas ensangüentadas lembranças...
Lembra sempre a cabeça da tua vítima na bandeja,
dançando os teus sete véus, o teu corpo em tuas andanças...
Quem sabe te sintas soberana na solidão que tu marejas...
E as palavras... Aquelas que já foram ditas...
... tu não as silenciarás, porque elas já voaram!
E mais e mais virão, de outras gargantas... benditas,
a te lembrarem sempre...
... aquelas que os teus surdos ouvidos já escutaram...
Cartas de alforria
Escritos de Regina Coeli
or diversas vezes, conheci o desprezo,
a solidão, o medo e a fraqueza sem saber o porque.
Hoje, almejando novos horizontes,
quero ser atuante em tudo, mesmo quando
passos incertos forem impostos pela vida.
Desejo sentir o chão quando nele tiver que cair,
tocar as estrelas quando a felicidade não couber
em mim, me levando ás nuvens.
Quero a cumplicidade da verdade sem idas e voltas,
viver a vida sem descaminhados, sentindo a essência
de tudo que dela vier para ser vivido.
Ciente que sempre haverá um novo amanhã,
mesmo que os sonhos sejam desfeitos, que meus
versos sejam tristes, sempre haverá a infinidade da verdade
presente nos novos horizontes, onde eu seja a aprendiz
da essência do viver, exorcizando minhas fraquezas e medos.
Pois, a minha frente há novos rumos...
Rosi Marques