Quando sua presença vem
nítida em minha mente,
e os pensamentos visitam
a alma,superando o pensamento
é hora de reverenciar minhas emoções.
No meio da mata o sabiá
cantando me chamando,
canta alegremente
acordando minhas recordações.
Me traz as saudades da infância
férias na fazenda,
café no bule, broa de fubá,
animação da garotada,
vovó contente com a casa cheia,
não se importava com tanta algazarra.
No meio do laranjal
a criançada brincava despreocupada
nem via a lida pesada dos que
aravam a terra para plantar.
Saudades dos banhos de cachoeira
nas tardes quentes de verão,
passeios de charrete,
voltas no velho caminhão,
quando íamos na vila buscar
mantimentos para alimentar
a peonzada e matar a fome da
criançada,éramos tantos...
Nem sei se me lembro mais
tantos primos e primas,
tios e tias, todos a nos
proporcionarem ferias
inesquecíveis.
Triste era depois voltar
para os estudos e a vida na
cidade grande, a capital.
Nas noites enluaradas
fazíamos uma grande fogueira
e meus tios com suas violas
cantavam suas modinhas
canções da velha Pátria
a Itália querida,que ficou
além mar.
para os casais dançarem,
e as saudades matar.
E nós a molecada
preparávamos caveira
de abóboras,colocávamos
lamparinas ou velas dentro,
para os mais pequeninos
no meio da noite escura,
assustarmos....
Eita época boa!Como dizia
o boiadeiro, o velho Tião
eita tempo bão!
No casulo de minhas saudades
ficaram para trás,recordações
imortais, como a história dos
meus avós paternos,
que se conheceram, se apaixonaram
nos porões do navio, que os conduzia
a terra prometida, Brasil.
Mas ao receberam seu quinhão
o destino os separou,
indo cada um para um roçado,
uma vila distante, nua, pobre
para uma vida de sonhos
e de ilusões recomeçar.
Perdidos de vista,
sem se importar, os corações
mantiveram-se apaixonados.
E quando meu avo veio a
primeira vez a vila de Itaguassu
acompanhado do seu pai,
vender o milho e o café,
essas duas almas gêmeas
se reencontraram,
e não se separaram mais.
Foram 52 anos de feliz união
12 filhos que lhes seguiram os passos,
aprenderam que na honestidade
se pode viver abençoado, e para meu
maior orgulho, o único filho que se
formou foi meu amado pai.
Que veio para a capital
o filho casulo, o mais destemido
em cima de um cavalo baio
para aprender as letras,e como
aluno aplicado, por uma boa
família foi adotado e logo
ganhou uma bolsa no internato
São Vicente de Paula,
onde orgulhosamente recebeu
sob aplausos o diploma
tão sonhado.
Ah! Pai querido!
Quanto orgulho tenho de você,
homem dócil, valente, que mesmo
o destino cruel, roubando-lhe a
visão de repente, nunca esmoreceu,
junto à minha querida mãe,
venceram todas as batalhas,
e fizeram de mim uma rainha
do meu irmão um rei...
pena que seu reinado durou pouco,
hoje anjo também, sinto que dos
céus os três me abençoam
e eu respondo Amém!
São nos casulos das saudades
a força que tiro
para sobreviver e não me abater.
Transformo em flor,
o dia que vou viver, florescendo
a cada novo amanhecer.
Quando sua presença vem
nítida em minha mente,
e os pensamentos visitam
a alma,superando o pensamento
é hora de reverenciar minhas emoções.
No meio da mata o sabiá
cantando me chamando,
canta alegremente
acordando minhas recordações.
Me traz as saudades da infância
férias na fazenda,
café no bule, broa de fubá,
animação da garotada,
vovó contente com a casa cheia,
não se importava com tanta algazarra.
No meio do laranjal
a criançada brincava despreocupada
nem via a lida pesada dos que
aravam a terra para plantar.
Saudades dos banhos de cachoeira
nas tardes quentes de verão,
passeios de charrete,
voltas no velho caminhão,
quando íamos na vila buscar
mantimentos para alimentar
a peonzada e matar a fome da
criançada,éramos tantos...
Nem sei se me lembro mais
tantos primos e primas,
tios e tias, todos a nos
proporcionarem ferias
inesquecíveis.
Triste era depois voltar
para os estudos e a vida na
cidade grande, a capital.
Nas noites enluaradas
fazíamos uma grande fogueira
e meus tios com suas violas
cantavam suas modinhas
canções da velha Pátria
a Itália querida,que ficou
além mar.
para os casais dançarem,
e as saudades matar.
E nós a molecada
preparávamos caveira
de abóboras,colocávamos
lamparinas ou velas dentro,
para os mais pequeninos
no meio da noite escura,
assustarmos....
Eita época boa!Como dizia
o boiadeiro, o velho Tião
eita tempo bão!
No casulo de minhas saudades
ficaram para trás,recordações
imortais, como a história dos
meus avós paternos,
que se conheceram, se apaixonaram
nos porões do navio, que os conduzia
a terra prometida, Brasil.
Mas ao receberam seu quinhão
o destino os separou,
indo cada um para um roçado,
uma vila distante, nua, pobre
para uma vida de sonhos
e de ilusões recomeçar.
Perdidos de vista,
sem se importar, os corações
mantiveram-se apaixonados.
E quando meu avo veio a
primeira vez a vila de Itaguassu
acompanhado do seu pai,
vender o milho e o café,
essas duas almas gêmeas
se reencontraram,
e não se separaram mais.
Foram 52 anos de feliz união
12 filhos que lhes seguiram os passos,
aprenderam que na honestidade
se pode viver abençoado, e para meu
maior orgulho, o único filho que se
formou foi meu amado pai.
Que veio para a capital
o filho casulo, o mais destemido
em cima de um cavalo baio
para aprender as letras,e como
aluno aplicado, por uma boa
família foi adotado e logo
ganhou uma bolsa no internato
São Vicente de Paula,
onde orgulhosamente recebeu
sob aplausos o diploma
tão sonhado.
Ah! Pai querido!
Quanto orgulho tenho de você,
homem dócil, valente, que mesmo
o destino cruel, roubando-lhe a
visão de repente, nunca esmoreceu,
junto à minha querida mãe,
venceram todas as batalhas,
e fizeram de mim uma rainha
do meu irmão um rei...
pena que seu reinado durou pouco,
hoje anjo também, sinto que dos
céus os três me abençoam
e eu respondo Amém!
São nos casulos das saudades
a força que tiro
para sobreviver e não me abater.
Transformo em flor,
o dia que vou viver, florescendo
a cada novo amanhecer.
Arneyde T. Marcheschi